Isaías

O Livro de Isaías é um livro profético do Antigo Testamento, vem depois do livro Cantares e antes do Livro de Jeremias. É uma peça central da literatura profética do Antigo Testamento, na Bíblia. Sua importância é refletida também no Novo Testamento, considerando-se que há mais de 400 referências diretas ao livro, feitas pelos evangelistas e apóstolos.

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Capítulo 32

1 : Eis que um rei reinará com justiça, e príncipes governarão conforme o juízo.

2 : E [cada] homem será como um abrigo contra o vento, e refúgio contra a tempestade; como ribeiros de águas em lugares secos, como a sombra de uma grande rocha num lugar deserto.

3 : E os olhos dos que vem não se ofuscarão; e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos.

4 : E o coração dos imprudentes entenderá o conhecimento, e a língua dos gagos estará pronta para falar com clareza.

5 : Nunca mais o tolo será chamado de nobre, nem o avarento de generoso;

6 : Pois o tolo fala tolices, e seu coração opera maldade, para praticar perversidade e falar enganos contra o SENHOR, para deixar vazia a alma do faminto, e fazer com que o sedento não tenha o que beber.

7 : Os instrumentos do avarento são maléficos; ele trama planos malignos para destruir aos aflitos com palavras falsas, mesmo quando o pobre fala com justiça.

8 : Mas o nobre pensa em coisas nobres, e em coisas nobres ele permanece.

9 : Levantai-vos, mulheres que estais em repouso, e ouvi a minha voz; ó filhas, que estais tão confiantes, dai ouvidos às minhas palavras:

10 : Daqui a um ano e alguns dias, sereis perturbadas, vós, que estais tão confiantes; porque a produção de uvas não terá sucesso, e a colheita não virá.

11 : Tremei vós que estais em repouso, e sede perturbadas, vós que estais tão confiantes; despi-vos, e ficai nuas, e vesti vossos lombos [com roupa de saco] .

12 : Lamentai-vos batendo em vossos peitos por causa dos campos agradáveis e das vides frutíferas;

13 : Por causa da terra do meu povo, [na qual] espinhos e cardos crescerão; e por causa das casas de alegria [na] cidade alegre.

14 : Pois o palácio será abandonado, a cidade ruidosa ficará deserta; a colina e as torres de guarda serão esvaziadas para sempre, para alegria dos jumentos selvagens, e [servirão] de pasto para o gado;

15 : Até que seja derramado sobre nós o Espírito do alto; então o deserto se tornará um lugar fértil, e o lugar fértil será considerado uma floresta.

16 : E o juízo habitará no deserto, e a justiça morará no campo fértil.

17 : E a consequência da justiça será paz; e o produto da justiça, repouso e segurança para sempre.

18 : E meu povo habitará na morada da paz, em moradias bem seguras, em tranquilos lugares de descanso.

19 : (Granizo, porém, derrubará a floresta, e a cidade será abatida).

20 : Bem-aventurados sois vós, os que semeais sobre todas as águas; [e] deixais livres os pés do boi e do jumento.