Provérbios
O Livro dos Provérbios (em hebraico: מִשְלֵי, "Míshlê [Shlomoh]") ou Provérbios de Salomão é o segundo livro da terceira seção (Ketuvim) da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã, onde ele é o Vigésimo Quarto livro. Quando ele foi traduzido para o grego e o latim, o título assumiu diferentes formas: na Septuaginta grega, Παροιμίαι ("Paroimiai", "Provérbios"); na Vulgata latina, o título é "Proverbia", do qual deriva o nome em português.
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Capítulo 30
1 : Palavras de Agur, filho de Jaque, o de fala solene; [Este] homem diz a Itiel; a Itiel e a Ucal:
2 : Certamente eu sou o mais bruto dos homens, e não tenho entendimento humano.
3 : Não aprendi sabedoria, nem tenho conhecimento do Santo [Deus] .
4 : Quem subiu ao céu, e desceu? Quem juntou os ventos com suas mãos? Quem amarrou as águas numa capa? Quem estabeleceu todos os limites da terra? Qual é o seu nome? e qual é o nome de seu filho, se tu o sabes?
5 : Toda palavra de Deus é pura; é escudo para os que nele confiam.
6 : Nada acrescentes às suas palavras, para que ele não te repreenda, e sejas mostrado como mentiroso.
7 : Duas coisas eu te pedi; não [as] negues a mim antes que eu morra.
8 : Afasta de mim a inutilidade e palavra mentirosa; [e] não me dês nem pobreza nem riqueza, mantém-me com o pão que me for necessário.
9 : Para que não aconteça de eu ficar farto e [te] negar, dizendo: Quem é o SENHOR?Nem também que eu empobreça, e venha a furtar, e desonre o nome do meu Deus.
10 : Não difames do servo ao seu senhor, para que ele não te amaldiçoe e fiques culpado.
11 : Há gente que amaldiçoa a seu pai e não bendiz à sua mãe;
12 : Há gente que é pura aos seus [próprios] olhos, mas que não foi lavada de sua imundície;
13 : Há gente cujos olhos são arrogantes, e cujas sobrancelhas são levantadas;
14 : Há gente cujos dentes são espadas, e cujos queixos são facas, para devorarem aos aflitos da terra aos aflitos, e aos necessitados dentre os homens.
15 : A sanguessuga tem duas filhas: “Dá” e “Dá”; estas três coisas nunca se fartam, e quatro nunca dizem “É o suficiente”:
16 : O Xeol, o útero estéril, a terra que não se farta de água, e o fogo que nunca diz estar satisfeito.
17 : Os olhos que zombam do pai ou desprezam obedecer à mãe, os corvos do riacho os arrancarão, e os filhotes de abutre os comerão.
18 : Estas três coisas me maravilham, e quatro que não entendo:
19 : O caminho da águia no céu, o caminho da serpente na rocha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma moça.
20 : Assim é o caminho da mulher adúltera: ela come, limpa sua boca, e diz: Não fiz mal algum.
21 : Por três coisas a terra se alvoroça, e por quatro que não pode suportar:
22 : Pelo servo que governa como rei; [pelo] tolo que se enche de comida;
23 : Pela mulher odiada, quando se casa; e [pela] serva quando toma o lugar de sua senhora.
24 : Estas quatro coisas são pequenas sobre a terra, porém muito sábias:
25 : As formigas não são criaturas fortes, mas no verão preparam sua comida;
26 : Os roedores são um “povo” fraco, mas fazem suas casas nas rochas;
27 : Os gafanhotos não têm rei; mas todos saem em bandos;
28 : As lagartixas podem ser pegas com as mãos, e mesmo assim estão nos palácios dos reis.
29 : Estes três tem um bom andar, e quatro que se movem muito bem:
30 : O leão, forte entre os animais, que não foge de ninguém;
31 : O galo, o bode, e o rei com seu exército.
32 : Se agiste como tolo, exaltando-te, e se planejaste o mal, [põe tua] mão sobre a boca;
33 : Porque [como] o forçar do leite produz manteiga, e o forçar do nariz produz sangue, [assim também] o forçar da ira produz briga.