II Pedro
II Pedro - é a segunda epístola (carta) do apóstolo Pedro, um dos livros do Novo Testamento da Bíblia, escrita, provavelmente, por volta de 66 da era comum. Os prováveis destinatários da carta seriam a Igreja como um todo, gentios e judeus cristãos espalhados pela Ásia Menor, que seriam as mesmas comunidades da primeira epístola, onde se proliferava o gnosticismo. O propósito da obra é advertir os cristãos contra os ensinamentos dos falsos mestres, exortando-os a continuar crescendo na fé e no conhecimento de Cristo, o que demonstra uma forte semelhança com a epístola de Judas.
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Capítulo 2
1 : E também houve falsos profetas entre o povo, assim como também haverá falsos instrutores entre vós, que disfarçadamente introduzirão heresias de perdição, e negarão ao Senhor que os comprou, trazendo sobre eles mesmos repentina destruição.
2 : Muitos seguirão suas perdições, e por meio deles o caminho da verdade será insultado.
3 : E por ganância, eles vos farão de mercadoria com palavras falsamente inventadas; sobre os quais desde muito tempo não está a condenação sem efeito, e sua perdição não cochila.
4 : Porque se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, em vez disso lançando-os no inferno, entregou-os às cadeias da escuridão, tendo sido reservados para o julgamento;
5 : Nem perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, anunciador da justiça, com outros sete, trazendo o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
6 : E condenou as cidades de Sodoma e Gomorra à destruição, reduzindo-as a cinza, e pondo-as como exemplo para os que vivessem impiamente;
7 : E livrou ao justo Ló, [que estava] cansado do corrupto modo de viver dos maus.
8 : (Porque, [enquanto] aquele justo habitava entre eles, todo dia ele atormentava sua justa alma, ao ver e ouvir as [suas] injustas obras).
9 : [Assim] o Senhor sabe livrar os devotos das tentações, e reservar aos injustos para o dia do julgamento, para serem punidos.
10 : Porém principalmente aos que segundo a carne andam em mau desejo de impureza, e desprezam as autoridades; atrevidos, agradando a si mesmos, não tendo medo de insultar as [coisas dignas de] glórias.
11 : Ainda que [até] os anjos, sendo maiores em força e poder, não trazem juízo insultuoso contra elas diante do Senhor.
12 : Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, gerados para a prisão e destruição, insultando aquilo que não entendem, perecerão na sua própria corrupção;
13 : recebendo o pagamento da injustiça, tendo como prazer seus maus desejos durante o dia, sendo manchas e defeitos, tendo prazer em seus enganos, participando do banquete convosco;
14 : tendo os olhos cheios de adultério, e nunca parando de pecar; iludindo as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na ganância, filhos da maldição;
15 : os quais, havendo deixado o caminho direito, desviaram-se, seguindo o caminho de Balaão, [filho] de Bosor, que amou o pagamento da injustiça.
16 : Mas ele teve a repreensão de sua transgressão; o mudo animal de jugo, falando em voz humana, impediu a loucura do profeta.
17 : Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela tempestade; para os quais a escuridão das trevas está reservada para sempre.
18 : Porque ao falarem coisas muito arrogantes de vaidade, iludem com os maus desejos da carne, [e] com perversões, aqueles que já tinham realmente escapado dos que andam no erro.
19 : Prometendo-lhes liberdade, [mas] sendo eles mesmos servos da corrupção; porque aquele de quem alguém é vencido, do tal também se faz servo.
20 : Porque se, por causa do conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, tiverem escapado das imundícies do mundo, e novamente se envolverem nelas, e forem vencidos, o fim será pior que o começo.
21 : Porque melhor teria lhes sido se não tivessem conhecido o caminho da justiça do que, depois de conhecerem, terem se desviado do santo mandamento que havia lhes sido entregue.
22 : Mas isto lhes sobreveio [conforme] um verdadeiro provérbio, [que diz] : O cão voltou ao seu próprio vômito; e a porca lavada [voltou] ao chiqueiro da lama.