Mateus
O Evangelho segundo Mateus (em grego: κατὰ Ματθαῖον εὐαγγέλιον, transl. katá Matthaion euangelion , ou τὸ εὐαγγέλιον κατὰ Ματθαῖον, transl. to euangelion katá Matthaion), comumente abreviado para Evangelho de Mateus, é um dos quatro evangelhos canônicos e é o primeiro livro do Novo Testamento. Este evangelho sinótico (junto com o Evangelho de São Marcos e o Evangelho de São Lucas) é um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. Ele detalha a história de sua genealogia até as últimas instruções após Sua ressurreição.
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Capítulo 18
1 : Naquela hora os discípulos se aproximaram de Jesus, e perguntaram: Ora, quem é o maior no Reino dos céus?
2 : Então Jesus chamou a si uma criança, e a pôs no meio deles,
3 : e disse: Em verdade vos digo, que se vós não converterdes, e fordes como crianças, de maneira nenhuma entrareis no Reino dos céus.
4 : Assim, qualquer um que for humilde como esta criança, este é o maior no reino dos céus.
5 : E qualquer um que receber a uma criança como esta em meu nome, recebe a mim.
6 : Mas qualquer um que conduzir ao pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma grande pedra de moinho lhe fosse pendurada ao pescoço, e se afundasse no fundo do mar.
7 : Ai do mundo por causa das tentações do pecado! Pois é necessário que as tentações venham, mas ai daquela pessoa por quem a tentação vem!
8 : Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz pecar, corta-os, e lança-os de ti; melhor te é entrar manco ou aleijado na vida do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno.
9 : E se o teu olho te faz pecar, arranca-o, e lança-o de ti. Melhor te é entrar com um olho na vida do que, tendo dois olhos, ser lançado no inferno de fogo.
10 : Olhai para que não desprezeis a algum destes pequeninos; porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face do meu Pai, que [está] nos céus.
11 : Pois o Filho do homem veio para salvar o que havia se perdido.
12 : Que vos parece? Se alguém tivesse cem ovelhas, e uma delas se desviasse, por acaso não iria ele pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da desviada?
13 : E se acontecesse de achá-la, em verdade vos digo que ele se alegra mais daquela, do que das noventa e nove que se não desviaram.
14 : Da mesma maneira, não é da vontade do vosso Pai, que [está] nos céus, que um sequer destes pequeninos se perca.
15 : Porém, se teu irmão pecar contra ti, vai repreendê-lo entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste o teu irmão.
16 : Mas se não ouvir, toma ainda contigo um ou dois, para que toda palavra se confirme pela boca de duas ou três testemunhas.
17 : E se não lhes der ouvidos, comunica à igreja; e se também não der ouvidos à igreja, considera-o como gentio e publicano.
18 : Em verdade vos digo que tudo o que vós ligardes na terra será ligado no céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
19 : E digo-vos também que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que [está] nos céus.
20 : Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles.
21 : Então Pedro aproximou-se dele, e perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
22 : Jesus lhe respondeu: Eu não te digo até sete, mas sim até setenta vezes sete.
23 : Por isso o Reino dos céus é comparável a um certo rei, que quis fazer acerto de contas com os seus servos.
24 : E começando a fazer acerto de contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
25 : Como ele não tinha com que pagar, o seu senhor mandou que ele, sua mulher, filhos, e tudo quanto tinha fossem vendidos para se fazer o pagamento.
26 : Então aquele servo caiu e ficou prostrado diante dele, dizendo: “Senhor, tem paciência comigo, e tudo te pagarei”.
27 : O senhor daquele servo compadeceu-se dele, então o soltou e lhe perdoou a dívida.
28 : Todavia, depois daquele servo sair, achou um companheiro de serviço seu, que lhe devia cem denários; então o agarrou e o sufocou, dizendo: “Paga-me o que [me] deves!”
29 : Então o seu colega se prostrou diante dos seus pés, e lhe suplicou, dizendo: “Tem paciência comigo, e tudo te pagarei”.
30 : Mas ele não quis. Em vez disso foi lançá-lo na prisão até que pagasse a dívida.
31 : Quando os seus companheiros de serviço viram o que se passava, entristeceram-se muito. Então vieram denunciar ao seu senhor tudo o que havia se passado.
32 : Assim o seu senhor o chamou, e lhe disse: “Servo mau! Toda aquela dívida te perdoei, porque me suplicaste.
33 : Não tinhas tu a obrigação de ter tido misericórdia do sevo colega teu, assim como eu tive misericórdia de ti?”
34 : E, enfurecido, o seu senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo o que lhe devia.
35 : Assim também meu Pai celestial vos fará, se não perdoardes de coração cada um ao seu irmão suas ofensas.